Caboco forte (setembro de 2013)
O sujeito passou por coisas que só ele.
O sujeito passou por coisas que só ele.
Unicamente viu a
beleza em silêncio
Foi namorado do canto
dos passarinhos
Bebeu a água
purificada da fonte.
Observou a vegetação
dos montes
Discordou do coronel
de bigodes grandes
Chorou por não ser
defendido por seu pai
E brincou com seus
irmãos até dizer chega.
Descobriu que não
saber é perigoso
Achou que sabia
fazendo o que podia
Caiu.
Quebrou a cara ao
pensar que sabia
Tropeçou, em
armadilhas postas.
Ladrões de virtudes
vieram sem saber
Roubaram a infância
de todos os meninos
Com coisas de adultos
que levam a morte
O medo, a doença, o
stress e o corte.
E o corpo da criança
balançou forte
É a terra, é a gente,
tremendo desgaste
Eu, tu, ele, nós vós,
eles, rumo ao norte
Sou livre e resistente...
Sou caboco forte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário