sexta-feira, 4 de abril de 2014

ÁGUA E AR

ÁGUA E AR

O que mais falta desmoronar
Com a força da água do mar?
A força da água do mar tem ar
A força dos ventos sobre o mar

Água pesa levemente
Água passa, água é nova
Cada passada é renovada
Rio novo, água nova

E o vento sopra levemente
Movendo as árvores, o mato, o capim
Numa sincronização ritmada
No tempo do vôo do pássaro

O pássaro voou para o sul
E vai levemente voando

Voe passarinho, voe...
Conheça os encantos do mundo
Pousa na fonte certeira

Para matar a sua sede.

COMPOSIÇÃO

COMPOSIÇÃO (Regiomaar - 09/12/2013)

O toque,
O olhar,
O querer,
O entrar.

Adivinhar o teu querer
Dizer o que você deve fazer.
Empurrar, romper.

O coração é acolchoado
Com almofadas vermelhas
Para o amor descansar.

O amor é tranqüilo,
O amor viaja,
Descobre belezas
Sem medo de andar.

O amor anda,
Embrenha-se,

O amor não fere.

CHAMA ACESA

CHAMA ACESA (Regiomar – 2010)

O ritmo se formava de maneira leve
O compasso num leve cambaleio
A firmeza da noite era esperada
E o ritmo se tornara intenso
Vagarosamente...
Ritmado
Chama acesa
No brilho de uma noite Belmontense



AMOR DIVINO

AMOR DIVINO (24/10/2011)

Hoje eu olhei no calendário
Pensei no tempo a tarde inteira
O tempo estava chuvoso
E havia um clima majestoso.

A chuva e o sol
Vão se afinando
Vão assim formando
Um ritmo belo

Os lagos formados pela chuva
Servem como brinquedos
Para barquinhos de papel
Após a tempestade.

Para que a vida...
Na sua pureza divina
Venha a brilhar neste meio

Pra aquecer os seres viventes.

A NEGAÇÃO

A NEGAÇÃO (Regiomar – 2009)

Grilos, besouros, mariposas
Na rua, na noite, no escuro
Num suave e profundo arrancar de máscaras
Mascaras do medo de todos os modos

Daí então foi possível enxergar
A natureza estuprada e envergonhada.

Eu parto no entusiasmo
De arrancar essas máscaras
Pra gente poder conhecer
E se conhecer.
Saber quem é quem e o quê,
O porque de quê.

Saber quem é quem e pra quê.

CONTATO

CONTATO – (Regiomar – 2009)

Volúpia das noites
Que transcende os desejos proibidos
No calor do corpo que dorme
Exala o cheiro fatal

E quando foges,
Pressinto o prazer
Quase infantil

Um sim, um não

Um querer...

A MENTE (Regiomar – 2011)

A MENTE (Regiomar – 2011)

Só,
Vendo folhas
Caídas no quintal

No frescor da noite
As folhas tomam formas,
Transformam - se
Desfazem-se
E caem mais folhas
E tomam novas formas

A mente só não mente
A mente só semente
Brotando novas árvores
Nascendo novos frutos

Oculto,
A noite mostra
O dia esconde a noite
A noite esconde o dia

Teocracia
Atrás dos montes

As fontes
Que temia

Ria da teimosia
Do medo do dia

Fazendo da noite
Fantasia.



A BAILARINA DAS MONTAHAS

A BAILARINA DAS MONTAHAS (Regiomar – 2010)

Ela subiu
No alto da montanha
Para dançar
Solta na vida

Cada passo
Que ela executa
São notas tocadas
São ondas de perfume

É fino o seu canto

Bailarina das montanhas!

SEQUÊNCIA

SEQUÊNCIA (Regiomar – 20/10/2009)

Aperte ávido
Sossegue pávido
Colosso posto
Querer a gosto

E se perder nas atividades
Dia-dia seguir? Seguia!
Pronto, agora é tarde

Covarde.

Caboco forte

Caboco forte (setembro de 2013)

O sujeito passou por coisas que só ele.
Unicamente viu a beleza em silêncio
Foi namorado do canto dos passarinhos
Bebeu a água purificada da fonte.

Observou a vegetação dos montes
Discordou do coronel de bigodes grandes
Chorou por não ser defendido por seu pai
E brincou com seus irmãos até dizer chega.

Descobriu que não saber é perigoso
Achou que sabia fazendo o que podia
Caiu.
Quebrou a cara ao pensar que sabia
Tropeçou, em armadilhas postas.

Ladrões de virtudes vieram sem saber
Roubaram a infância de todos os meninos
Com coisas de adultos que levam a morte
O medo, a doença, o stress e o corte.

E o corpo da criança balançou forte
É a terra, é a gente, tremendo desgaste
Eu, tu, ele, nós vós, eles, rumo ao norte
Sou livre e resistente... Sou caboco forte.